Por quê trocar o tênis pelo pickleball

Já pensou se um jogo nascido na garagem dos Estados Unidos pode mudar a forma como você se diverte e pratica esporte?
Criado na década de 1960 por Joel Pritchard, Bill Bell e Barney McCallum, esse esporte cresceu rápido: quase 5 milhões de jogadores nos EUA em 2023 e um movimento vivo no Brasil, com 15 mil praticantes e federações em 22 estados.
Por que tanta gente migra do tênis para essa opção? A curva de aprendizado é mais suave, as regras são simples e a sensação de sucesso aparece já nas primeiras sessões.
Há vantagens práticas: menos deslocamento em quadra, bola mais lenta e trocas mais frequentes, o que aumenta a diversão e reduz a frustração inicial.
Além disso, o cenário profissional no Brasil ganhou corpo recente: confederação em 2024 e a Liga Supremo com prêmios em 2025, sinalizando um futuro sustentável.
Principais conclusões
- Aprendizado rápido: jogadores sentem progresso nas primeiras partidas.
- Acessibilidade: custa menos e aceita diferentes perfis físicos.
- Social: partidas curtas facilitam revezamento e integração.
- Infraestrutura em crescimento: confederação e ligas fortalecem a prática.
- Presença no Brasil: expansão em parques, clubes e centros especializados.
Tendência em alta: o que está por trás da migração do tênis para o pickleball no Brasil
O salto de interesse começou em outro país e rapidamente encontrou terreno fértil por aqui.
Nos Estados Unidos, o número de jogadores cresceu 21% em 2020 e 14% no ano passado, chegando a quase 5 milhões. Esse aumento foi impulsionado pela pandemia, que favoreceu atividades ao ar livre com distanciamento.
No Brasil, a formalização acelerou com a criação da Confederação Brasileira de Pickleball em 2024. Hoje são 22 estados com federações e cerca de 15 mil praticantes, segundo líderes da entidade.
O presidente Paulo André de Moraes destaca a expansão em centros esportivos públicos de São Paulo, onde centenas de pessoas já frequentam aulas e partidas.
Boa parte da tração vem da dinâmica do jogo: partidas mais curtas, quadra menor e rodízio de participantes. Isso facilita a socialização entre jovens e adultos e acelera a sensação de sucesso.
Resultado: o esporte ganhou espaço em clubes, parques e projetos públicos. A combinação de evolução rápida, convívio social e baixo atrito de entrada explica por que tantos jogadores migraram de outras modalidades.
Do quintal à febre global: como os Estados Unidos impulsionaram o pickleball
Um experimento informal em 1965 nos estados unidos deu origem ao nome e ao formato que viria a conquistar o mundo.
O pickleball nasceu da mistura entre pingue-pongue, badminton e tênis. O jogo usa raquetes sólidas, uma bola furada e uma rede baixa. A quadra é compacta (13,41m x 6,10m) e as partidas costumam ir a 11 pontos. Pode ser disputado em simples ou duplas.
Durante a pandemia houve explosão: jovens e veteranos migraram para o esporte por ser ao ar livre e de fácil aprendizagem. Nos últimos anos surgiram mais de 100 mil quadras e ligas que profissionalizaram a prática.
Origem | Equipamento | Pontuação | Quadra | Formato |
---|---|---|---|---|
1965, quintal | Raquetes sólidas, bola furada | 11 pontos | 13,41m x 6,10m | Simples e duplas |
Influências | Pingue-pongue, badminton, tênis | Partidas curtas | Mais de 100 mil quadras (EUA) | Torneios e ligas |
Expansão | Investidores e celebridades | Rodízios e mais interações | Infraestrutura em crescimento | Campeonatos nacionais |
O impulso financeiro e a visibilidade em torneios tornaram o esporte atrativo para marcas e jogadores. A Federação cresceu, trazendo mais países ao calendário e fortalecendo a profissionalização.
Porta de entrada brasileira: Governador Valadares, São Paulo e outras cidades que puxam a fila
Regiões distintas do país impulsionaram a prática com centros dedicados e iniciativas locais.
A chegada aconteceu em Praia Grande por volta de 2016 e ganhou força alguns anos depois. Em 2018, governador valadares consolidou-se como polo quando um político local transformou um espaço de festas no primeiro centro do país.
Hoje esse centro soma oito quadras e atrai gente de perfis variados. Em São Paulo, projetos sociais como Pickleball Transforma e estruturas premium mostram a versatilidade do modelo.
Há movimentos espontâneos no Sul, com voluntários em Brusque e Balneário Camboriú montando a quadra em praças nos fins de semana. Esses núcleos geram convívio e geram novos praticantes.
A criação da Confederação Brasileira de Pickleball em 2024 acelerou a organização. Hoje existem federações em 22 estados e cerca de 15 mil praticantes.
Conclusão: com pouco espaço e vontade é possível criar um centro de qualidade. O crescimento por boca a boca mostra que o esporte e o pickleball têm potencial para alcançar mais gente no país.
Por quê trocar o tênis pelo pickleball: motivos técnicos, físicos e sociais
Mudar para essa prática é optar por um jogo que privilegia precisão e estratégia em quadras compactas.
Equipamento e técnica. A raquete sólida, similar às de beach tennis, e a bola leve e furada tornam o aprendizado mais rápido que no tênis. O saque é por baixo e, em cerca de uma hora, muitas pessoas já conseguem participar de uma partida.
Zona e tática. A “cozinha” e o dink aproximam o jogo da rede e valorizam controle de bola em vez de potência. Esse lado tático recompensa paciência e leitura do jogo.
Impacto físico. A quadra menor (≈13 x 6 m) reduz deslocamentos e impacto nas articulações. O ritmo exige agilidade, coordenação e resistência, sem sobrecarregar quem busca exercícios constantes.
Social e versátil. Partidas simples ou duplas facilitam o revezamento entre homens, mulheres e diferentes idades. O formato promove interação e mais tempo de convívio em cada hora de jogo.
Aspecto | Benefício | Resultado |
---|---|---|
Equipamento | Raquetes sólidas e bola furada | Aprendizado rápido |
Tática | Coaching do dink e cozinha | Mais estratégia |
Social | Partidas curtas e revezamento | Mais interação |
Conclusão: a soma técnica, física e social torna essa opção atrativa para quem busca prazer, desenvolvimento e convívio em um único esporte.
Custo, espaço e acesso: o que muda na prática do dia a dia
Comparar custos e acesso mostra como a prática muda a rotina de quem quer começar hoje. Em São Paulo, aulas em academias premium como a Bodytech podem custar a partir de R$ 1.200/mês.
Em locais privados de bairros como Pinheiros e Brooklin, a prática semanal varia entre R$ 250 e R$ 350 por semana. Há opções públicas: quadras gratuitas no Parque Ibirapuera e em unidades do Sesc.
Equipamento básico sai barato: uma raquete simples por cerca de R$ 30 e uma bola por R$ 20. Com isso, começar sai muito menos do que em alguns esportes de alto custo.
Qualquer espaço plano pode virar local de treino. Marcação com fita, cadeiras e uma rede improvisada mantém dimensões próximas às oficiais. Assim, a falta de espaço não é obstáculo.
Custo inicial | Onde jogar na cidade | Economia semanal |
---|---|---|
Raquete R$30 / Bola R$20 | Ibirapuera, Sescs, clubes privados | Menos deslocamento por quadras menores |
Aulas premium R$1.200/mês | Estúdios em Pinheiros e Brooklin | Mais sessões por semana, menor custo por partida |
Clubes de luxo já oferecem estrutura, mas projetos públicos e sociais ampliam o acesso. Com prática regular, a manutenção é simples e o custo por sessão tende a cair ao longo dos anos.
Conclusão: a combinação de preço inicial baixo, facilidade de adaptação do espaço e oferta de quadras públicas torna o esporte uma atividade acessível para começar e evoluir.
Profissionalização e carreira: da Confederação Brasileira de Pickleball às ligas MLP, PPA e Liga Supremo

A profissionalização mudou o cenário: federações estaduais, uma confederação nacional criada em fevereiro de 2024 e ligas privadas desenham trajetórias reais para quem busca viver do esporte.
Estrutura no Brasil. Hoje 22 estados têm federações. A Confederação Brasileira de Pickleball organizou seletivas e campeonatos que abriram vagas para o circuito nacional.
O Brasil teve boa performance na Copa do Mundo 2024: quartas na open e 4º lugar na 50+ entre 42 países. Esse resultado aumenta a visibilidade dos brasileiros.
Ligação com os Estados Unidos. Ligas como PPA e MLP concentram mídia, prêmios e patrocínios. Estruturas com pesos 1000, 1500 e 2000 atraem atletas que buscam pontos e renda.
Na prática nacional, a Liga Supremo mostrou maturidade em 2024/2025: 26 atletas contratados, ranking ativo, R$ 2 milhões em prêmios e bolsa de aparição de R$ 3 mil por mês.
Exemplo de rotina: a brasileira Mari Humberg treina 5–6 horas por dia, joga MLP/PPA, é patrocinada pela Adidas e diz que viver do jogo é mais viável nos Estados Unidos hoje.
Elemento | O que significa | Oportunidade |
---|---|---|
Federações estaduais | Porta de entrada | Seletivas e clínicas |
Liga Supremo | Contrato e ranking | Bolsa mensal e prêmios |
PPA / MLP | Exposição global | Patrocínio e pontos internacionais |
Como entrar no circuito: dispute regionais, acumule pontos, produza conteúdo e busque convites. Clínicas, aulas e eventos corporativos também multiplicam fontes de renda.
Comparativo franco: tênis versus pickleball em regras, ritmo e experiência
Uma comparação direta mostra como regras, espaço e equipamento moldam cada jogo.
Dimensões e ritmo. A quadra menor e a presença da cozinha no pickleball reduzem deslocamentos e encurtam rallies. No tênis, distâncias maiores e a altura da rede exigem mais corrida e construção de ponto.
Regras-chave. Saque por baixo, zona de não voleio e partidas a 11 pontos (com dois de vantagem) mudam a tática do jogo. Já o sistema de pontos do tênis favorece variação de efeitos e paciência em fundo de quadra.
Equipamento e sensação. A raquete sólida dá mais controle e menos impacto nas articulações. As raquetes e o peso influenciam colocação e margem de erro em ambos os esportes.
Intensidade e socialidade. No pickleball há menos espaço de corrida e mais explosões rápidas na rede. Isso gera partidas curtas e mais interação entre pessoas e homens e mulheres jogando juntos com naturalidade.
Aspecto | Pickleball | Tênis |
---|---|---|
Quadra | Menor, cozinha ativa | Maior, deslocamentos longos |
Regras | Saque por baixo, 11 pontos | Saque por cima, pontuação tradicional |
Experiência | Mais controle próximo à rede | Construção de ponto em fundo |
Recomendação: alterne treinos de mobilidade e fundo de quadra com exercícios de rede. Assim mantém condicionamento e técnica ao longo dos anos.
Da elite ao democrático: entre clubes de luxo e projetos que popularizam o esporte

No Brasil, o esporte convive hoje entre salões nobres e praças onde voluntários marcam linhas à mão. Essa cara dual mostra como a modalidade virou referência de luxo e, ao mesmo tempo, uma prática comunitária.
Clubes tradicionais como Paulistano, Clube de Campo de SP e Jockey (RJ) oferecem estrutura premium, enquanto a Pickleball Point Arena reúne praticantes em um centro dedicado. Na outra ponta, Ibirapuera e unidades do Sesc mantêm acesso gratuito e atraem gente de vários perfis.
A pandemia acelerou a procura por uma atividade ao ar livre e social. Ano passado, ligas internacionais como a MLP atraíram investidores e torneios com prêmios milionários, o que reforçou o apelo dos esportes e estimulou mais jogadores locais.
Espaço | Perfil | Custo |
---|---|---|
Clubes de luxo | Estrutura completa | R$250–350/semana |
Centros dedicados | Treino e torneios | Mensalidades variadas |
Parques e Sesc | Aberto à gente | Gratuito |
O equilíbrio entre alto padrão e acesso amplo depende de iniciativas sociais como Pelezão e Ceret. Com raquetes baratas e voluntariado, homens, mulheres e jovens se tornam praticantes e ajudam a manter a rede viva por muitos anos.
Conclusão
Hoje, a combinação entre infraestrutura e sociabilidade torna essa modalidade uma escolha prática para muita gente. Nos estados unidos há mais de 100 mil quadras; no Brasil a jornada começou em lugares como governador valadares e segue forte em São Paulo e outras cidades.
Por onde começar: compre uma raquete e uma bola, localize quadras públicas e faça uma aula introdutória — muitas pessoas pegam o básico em cerca de uma hora.
Por que vale a pena: custo inicial baixo, aprendizado rápido, forte apelo social e um calendário de torneios e ligas em desenvolvimento. Há caminhos para quem só quer se divertir e para quem sonha em competir.
Defina metas por fases ao longo dos anos, treine com frequência curta e mantenha atenção à postura. Experimente hoje: a melhor maneira de entender o nome e o encanto do jogo é entrar em quadra e jogar sua primeira partida — você vai encontrar muita gente pronta para ajudar.
Deixe um comentário